domingo, 4 de março de 2007

Primeiros erros

Ele entrou naquele espaço, um quê de sítio, um quê de chácara. Pequeno, exalando simpatia e dizeres de boas vindas direto do manto de terra batida. Como todas as pessoas em busca de respostas, ele já estava com seu arsenal de baboseiras pré-concebidas, para jogar na cara de quem quer que lhe devesse tentar apontar as tão sonhadas respostas. Uma saída para a Nárnia religiosa de nossos afro-descendentes, em algum lugar da Brasil (a Avenida, não evoquem correções ortográficas aqui).

Mas isto não foi o cerne. O que importa não foi o visto, mas o ouvido. Não que o visto não tivesse lhe trazido cenas interessantes, um cirque du soleil arcaico de rostos familiares. Mas a pirotecnia macunaíma, bela pela crueza, interessante pela proximidade com os principais envolvidos, não foi o cerne.

Olhos negros, pelo que ele se lembra. Um olhar que o tempo tentou endurecer, mas só fez torná-lo terno e transmissor de uma segurança sólida e maternal. Ternura e segurança são condições primordiais para a paz de espírito alheia, tendo o olhar como fio condutor. E veio a frase: "ele terá um belo futuro se seguir os caminhos certos". Dita do além, pelo olhar seguro e maternal. O resto da noite também não foi o cerne.

O que isso tem a ver com tudo? Ele está no momento certo de encontrar esses tais caminhos de um futuro agradável, por isso está tentando. Coisas novas. Porém, errou galvãobuenamente ao inaugurar sobre si em terceira pessoa.

2 comentários:

Luis Antonio disse...

"errou galvãobuenamente" já valeu o meu dia!

Leonardo disse...

o mais maneiro destes escritos é que eu estava lá,.... grande abraço maurinho!!!