terça-feira, 3 de março de 2009

Vejam só que legal

E não é que está em trâmite uma lei para regulamentação para a prática do bom e velho dê-jóta (ou dí-gêi) no congrssso nacional? O petardo jurídico diz que para colocar som em uma festa, qualquer uma, será preciso ter diploma de curso técnico para D.J. Não é algo brilhante? Imagina o efeito estimulante para todas as festas alternativas? É oficial (ou não, depende do resultado da aprovação da lei), nosso congresso, definitivamente, é muito cult-bacaninha.

Com o boom da internet, qualquer pessoa pode assumir um laptop e colocar o som que quiser em qualquer festa. É um dos lados vantajosos da troca de arquivos de som positivamente anárquica. Positiva? Não, não pode. Tem que acabar com isso. É claro, tem que exigir curso técnico para você exercer seu direito de ser D.J. Isso vai ajudar a todos os D.J's brasileiros que possuem curso técnico (calma, gente, é uma grande quantidade...). Sabem quem ficaria bem triste com a aprovação dessa lei? Os donos das Estácios e Univercidades da vida, que terão mais um curso de verão para abrigar as pessoas cuja educação esses empresários do ensino (eita, paradoxo odioso) tem como primeira preocupação antes de tomar o desjejum.

Enquanto isso, o exercício do historiador continua encaixotado em editais de concursos quaisquer na função de técnico em assuntos culturais... será que a Estácio um dia abre uma graduação disso? Tomara que não, pelo bem de historiadores que ainda querem prestar concursos para além do magistério. Meu país não é genial, praticamente uma música do Guilherme Arantes numa segunda matutina e chuvosa, sem água quente e em dia de entregar relatório?